O pano de cores vivas usado pelos toureiros durante a luta chama-se capote de brega.
Mas porque é que é cor-de-rosa e amarelo? Nas festividades cavalheirescas da Idade Média, o capote era utilizado como um instrumento para evitar a investida do touro.
Mais tarde, nos séculos XVI e XVII, verificou-se que a capa era o instrumento comum dos trabalhadores que ajudavam os cavaleiros.
Já nessa altura, existia a expressão “echar la capa a alguien” (atirar a capa a alguém) para ajudar um companheiro em situação de aflição.
No entanto, as cores utilizadas não tinham nada a ver com as de hoje: as capas dos habitantes da cidade eram castanhas ou tingidas de escuro.
Com a evolução da tauromaquia, a capa de toureiro foi-se separando progressivamente da capa de traje, embora tenha mantido a sua forma.
De facto, ainda hoje as capas são concebidas com capa, gola e folho largo.

A cor atual da trave é o rosa ou fúcsia, enquanto o forro ou a parte inferior é geralmente amarelo, embora alguns toureiros, por superstição, tenham retomado a velha tradição de usar tons escuros, como o azul ou o verde.
Tradicionalmente, o cor-de-rosa está associado à boa sorte e o amarelo à má sorte. Ambas as cores tingem as capas dos toureiros, como uma dicotomia inerente ao mundo das touradas: fortuna e infortúnio, triunfo e fracasso, sol e sombra, vida e morte.
Esta escolha (a capa cor-de-rosa) era uma recordação da classe e da nobreza do toureiro.